sexta-feira, 17 de agosto de 2012


SARDAS E ESPINHOS

(Adaptação
— feita com base em traduções amadoras de Sobakasu (Sardas), música de abertura de Samurai X, executada pela banda japonesa Judy and Mary; a letra original deve ser da cantora Yuki Isoya.)
O conto de fada acabou logo que você cravou
Um enorme espinho no amor, que está num túmulo.
Minhas lembranças não querem diluir:
São como as sardas: não me saem da cabeça.
Um bom tempo já se passou; e aquela noite ficou;
E muitas vezes ainda fico a refletir...
...  Assim que você falou, silêncio suspenso no ar.

Não pôde o horóscopo prever que iríamos nos separar (né?).
Mas, se previsse, não iria crer.

Não posso arrancar todo o enorme espinho do peito.
Só me restaram lágrimas p’ra eu me afogar.
Na memória, você lamenta aquela noite.
Mas, então, por que será que, enquanto o meu coração sangrava, você sequer chorou?

O fato é que você é tão certinho, e eu, tão brava.

Mas é assim que eu sou; isso está na cara.
Já te fiz rir. Ah!, quem me dera voltar no tempo p'ra ver
Você ficar bem feliz — e sorrindo — só de me olhar (!).

Lembro bem quando quis botar um piercing em si só p'ra me impressionar.  (Aaah!)
Jamais pude rir do episódio...  (Ódio...)

O espelho mostrou sardas de um rosto abatido:

Estas, as quais eu queria nunca mais ver.
De nós dois só um chorou com o triste desfecho.
Em todas as manhãs, não me incomodam as sardas: só saber que acabou.

Não posso arrancar todo o enorme espinho do peito.
Só me restaram lágrimas p’ra eu me afogar.
Na memória, você lamenta aquela noite.
Mas, então, por que será que, enquanto o meu coração sangrava, você sequer chorou?
(Na noite em que tudo acabou).


(Lá, lá, lá, lá, lá, lá...)
Então, por que será?
                                                      (Duque de Caxias, junho de 2012.)


               

                       

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