A
pena tirou a vocação para a enxada,
Destino
dos que, como eu, vivem no que eu não mato.
Infeliz
é aquele que, no coercitivo trato
Das
palavras, não tira nem a mínima paga.
Carteira
assinada? Talvez precise, mas não a quero, não.
Trabalhar
como explorado peão do ensino?
Bem,
quem escapa ao social determinismo?
Dos
avarentos vem miserável remuneração.
Ócio
para leituras e escrituras me tiram os trabalhos,
Tristes
afãs de muitos pobres,
Garantias
de conforto de poucos afortunados.
Contudo,
mesmo como escravo,
“Tenho
febre e escrevo” como pode
Quem,
apesar da exploração, não abraçou o braçal trabalho.
(Duque de Caxias, 5/2/2015.)
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